Indo mais para os finalmente da colheita da soja no quarto ano de frustração de safra, o momento exige reflexão. As médias me parecem que ficarão próximas dos 20 sacos por hectare. Soja valendo pouco em torno de 126,00 a saca, contas a pagar, endividamento alto, em fim, momento nada fácil para todos os envolvidos nesta cadeia, ou seja, muita gente: indústria de insumos, produtores rurais, proprietários de terras, empregados, comerciantes e cidadãos que também dependem aqui no interior dessa indústria a céu aberto, o agronegócio.
Em tempos áureos da soja, quando ela valia bem, ficava mais fácil deixar renda aos envolvidos na cadeia. Até os aventureiros conseguiram ganhar uns pila. Hoje porém o cenário mudou, os custos de produção elevados, as frustrações de safra recorrentes, a falta de preços adequados, a ausência de integração com pecuária e rotação de culturas inviabilizam este cultivo tão importante para a economia municipal e porquê não estadual. Precisamos doutras moedas nas granjas. Definitivamente me parece impossível viver só de soja.
A cultura do milho é uma oportunidade interessante a se pensar e agir rapidamente pois logo após a colheita da soja devemos fazer uma cobertura verde no solo a fim podermos semear em julho ou agosto, escapando do risco de frustração por estiagem e cigarrinhas. A pergunta que fica com que recurso fazer? Cabe lembrar que esta opção de rotação requer saber previamente quem receberá o cereal e a disponibilidade de plataforma especial para a colhedora que não é muito barato
Outra oportunidade está na pecuária bem conduzida e integrada a lavoura. A integração lavoura pecuária no inverno nos permite renda garantida de 20 a 30 sacas de soja sem prejuízo algum para a produção de soja no próximo verão. Pelo contrário, possibilita colher mais. Mas também implica em recursos e fazer bem diferente do manejo tradicional principalmente na questão do manejo do pasto.
Reservar áreas para ter pecuária no verão também é essencial.
Usar tecnologias disponíveis nos permite colher resultados animadores com renda. A pecuária é um pilar importante nas granjas por ser resiliente. Integrar pastos a lavoura e vice versa consiste numa poderosa rotação de culturas de custo baixo e risco baixo. A intensificação necessária começa nas tecnologias de processo que não custa desembolso financeiro. Ter um bom planejamento forrageiro, saber colher bem os pastos, saber produzir pastos, corrigindo o solo, adubando conforme sua necessidade, assim como é feito nas outras culturas a exemplo do arroz, milho e da própria soja.
A pecuária pode fazer a diferença nas granjas daqui para frente. As tecnologias já estão disponíveis. Sistemas integrados, pastejo rotatínio, pastejo horário, iatf, programação fetal, ilp, ilpf e tantas outras.
A rotação de culturas é tão necessária para a sustentabilidade das granjas. Na lavoura de arroz não é diferente. Embora se produza já muito bem, médias de 8500kg/ha, vários produtores já conseguem 12.000kg/ha. O novo projeto do irga rs14 nos permite subir a produtividade média para 14.000kg. Entre tantas técnicas necessárias para alcançar esse número vem a inclusão do pastejo animal nesse ambiente. A ciência mostrando os benefícios da herbivoria. Gado bem manejado faz bem ao ambiente e aos bolsos das criaturas. O contrário também é verdadeiro. Não tenha pré conceito quanto a isso, antes cole na pesquisa científica para entender os processos.
E por falar em oportunidades, a semana Santa à recém ou não poderia deixar em branco essa agem importantíssima para a humanidade. O momento exige reflexão. A grande oportunidade que temos de salvação da nossa alma.
A cerca de 2000 mil atrás, Deus deu o seu Único filho, Jesus Cristo em sacrifício para remissão de nossos pecados e todo aquele que nele crê tem a vida eterna.
Nós seres humanos somos uma trindade: corpo, espírito e alma. O corpo tem prazo de validade, um dia morreremos, apodreceremos e viraremos pó. O espírito, que é a inteligência, imediatamente após a nossa partida volta para Deus. E a alma? Essa quando eu, você, qualquer um humano fechar os olhos terá um anjo para buscar a sua. O anjo de Deus ou de trevas depende basicamente das escolhas em vida feita por cada um. Por isso, é importante refletir sobre o tema. Perdoar os nossos ofensores, as vezes perdoar nós mesmos por erros cometidos. A nossa alma viverá eternamente com Deus ou sem Ele. Deus é bom o tempo todo e nos permite escolher oque queremos. Aceitar ou rejeitar a sua vontade está conosco.
O conhecimento é libertador. Com ele podemos evoluir continuamente. Indo na escola, e também lendo bons conteúdos, ouvindo bons mestres.
Em tempos tão desafiadores no agro devemos ficar em alerta pois é tempo de buscar conhecimento em sistemas integrados de produção, pecuária com tecnologia e também nada menos importante, buscar a Deus, conhecer os seus planos e propósitos para conosco, entender e obedecer os seus mandamentos. A final de contas, temos prazos de validade e nunca saberemos quando vai ser nosso último suspiro aqui na terra.
Fernando Bassotto
Engenheiro Agrônomo
Detec Cooperagro
